segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A Tristeza e a Rocha
A tristeza é uma coisa que faz parte da vida. Não há como fugir dela. Mesmo para aqueles que tiveram um encontro com Deus algum dia e ainda caminham com Ele são assaltados pela tristeza. É impossível se desviar dela.
Mas há tristezas e tristezas. Há a tristeza da morte de um familiar, a tristeza de um amor perdido, a tristeza segundo o mundo e a tristeza segundo Deus. Sim, Deus também provoca tristeza.
Perder nossos pais é algo que já está incutido em nós desde a infância. Já crescemos sabendo que um dia os enterraremos. Mas quando chega o dia, a dor não é menor por já sabermos disso. E a tristeza é bastante profunda.
Perder um amor, alguém que fazia parte de nossos planos mais bonitos é algo que nos deixa num vazio enorme. Alguém que iluminava nossa vida de uma forma e, de repente, decide nos deixar na escuridão de sua ausência. Não é fácil. Na história humana, muitos caíram em desgraça por ter tido um amor desfeito. A tristeza os dominou e eles sucumbiram. Um amor desfeito já provocou suicídios e assassinatos no mundo. Infelizmente, perdi um amigo muito amado que se suicidou por um amor desfeito. A sua vida não pareceu mais fazer sentido.
A tristeza segundo o mundo é resultado de que nada que há no mundo, fama, poder, dinheiro, prazer podem preencher o vazio do coração humano. Eles entorpecem, disfarçam, anestesiam, encobrem enchendo de ruído, mas ao chegar o silêncio de um quarto privativo, aquele vácuo no peito estará lá. A tristeza segundo o mundo sempre leva à depressão, à desesperança e a morte. Não há em que se agarrar. Nem o materialismo com seu conforto e ambição. Países cuja justiça social têm elevado índice, como Suécia, Suíça, Noruega e até mesmo a França, os suicídios de seus cidadãos é algo assustador! O mundo é repleto de tristeza.
Certa vez, recebi o telefonema de uma prima pedindo que eu fosse orar por ela, pois vivia numa tristeza terrível. Entrei em sua mansão, atravessei o belo jardim, rodeei sua piscina com cascata e a encontrei no salão de festa. Ali estava alguém rico de bens materiais e de tristeza, mas pobre de alegria.
A tristeza segundo Deus é aquela que nos abre os olhos, que nos levanta, que nos faz avaliar as prioridades de nossa vida, nossos valores, nossos temores, e o que de fato queremos. Ela nos entristece para nos alegrar depois. A tristeza segundo Deus tem o propósito de salvar o homem da tristeza segundo o mundo. Ela provoca o reconhecimento de quão pecadores somos e do quanto precisamos ser salvos da tristeza deste mundo para um reino de alegria que começa dentro do nosso coração. Aqui mesmo na terra. Apesar das tristezas recorrentes.
A imagem que faço da tristeza sem Deus e com Deus é esta: a tristeza sem Deus é um rio que nos chega ao pescoço cujo leito é areia movediça, onde nossos pés afundam e as águas tristes nos engolem. A tristeza com Deus é a mesma imagem. Porém, sob nossos pés não há areia movediça, mas uma rocha onde nos apoiamos, sem afundar. As águas tristes sublinham nosso rosto, mas não nos tragam. E depois de algum tempo, apoiados na rocha, nos impulsionamos e saímos das águas das angústias. E logo, estamos de volta à margem daquele rio de tristeza que ameaçava nos engolir, mas nunca pôde. Pois sabíamos em que nos apoiávamos e quão forte era a pedra!
Já tive muitas tristezas na vida. Inclusive as citadas acima. Mas graças a Deus, meus pés estavam sempre na rocha, e fui livre de todas elas. E sei que sempre serei. E a Rocha é Cristo.
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Caro Germano, quero dividir contigo esse post de meu blog. Aí o endereço:
ResponderExcluirhttp://umhomemdescarrado.blogspot.com/2011/05/o-mundo-vai-acabar.html
Abraço forte!