segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Germano Silveira com Fernanda Quinderé entrevista

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Tristeza e a Rocha


A tristeza é uma coisa que faz parte da vida. Não há como fugir dela. Mesmo para aqueles que tiveram um encontro com Deus algum dia e ainda caminham com Ele são assaltados pela tristeza. É impossível se desviar dela.

Mas há tristezas e tristezas. Há a tristeza da morte de um familiar, a tristeza de um amor perdido, a tristeza segundo o mundo e a tristeza segundo Deus. Sim, Deus também provoca tristeza.

Perder nossos pais é algo que já está incutido em nós desde a infância. Já crescemos sabendo que um dia os enterraremos. Mas quando chega o dia, a dor não é menor por já sabermos disso. E a tristeza é bastante profunda.

Perder um amor, alguém que fazia parte de nossos planos mais bonitos é algo que nos deixa num vazio enorme. Alguém que iluminava nossa vida de uma forma e, de repente, decide nos deixar na escuridão de sua ausência. Não é fácil. Na história humana, muitos caíram em desgraça por ter tido um amor desfeito. A tristeza os dominou e eles sucumbiram. Um amor desfeito já provocou suicídios e assassinatos no mundo. Infelizmente, perdi um amigo muito amado que se suicidou por um amor desfeito. A sua vida não pareceu mais fazer sentido.

A tristeza segundo o mundo é resultado de que nada que há no mundo, fama, poder, dinheiro, prazer podem preencher o vazio do coração humano. Eles entorpecem, disfarçam, anestesiam, encobrem enchendo de ruído, mas ao chegar o silêncio de um quarto privativo, aquele vácuo no peito estará lá. A tristeza segundo o mundo sempre leva à depressão, à desesperança e a morte. Não há em que se agarrar. Nem o materialismo com seu conforto e ambição. Países cuja justiça social têm elevado índice, como Suécia, Suíça, Noruega e até mesmo a França, os suicídios de seus cidadãos é algo assustador! O mundo é repleto de tristeza.

Certa vez, recebi o telefonema de uma prima pedindo que eu fosse orar por ela, pois vivia numa tristeza terrível. Entrei em sua mansão, atravessei o belo jardim, rodeei sua piscina com cascata e a encontrei no salão de festa. Ali estava alguém rico de bens materiais e de tristeza, mas pobre de alegria.

A tristeza segundo Deus é aquela que nos abre os olhos, que nos levanta, que nos faz avaliar as prioridades de nossa vida, nossos valores, nossos temores, e o que de fato queremos. Ela nos entristece para nos alegrar depois. A tristeza segundo Deus tem o propósito de salvar o homem da tristeza segundo o mundo. Ela provoca o reconhecimento de quão pecadores somos e do quanto precisamos ser salvos da tristeza deste mundo para um reino de alegria que começa dentro do nosso coração. Aqui mesmo na terra. Apesar das tristezas recorrentes.

A imagem que faço da tristeza sem Deus e com Deus é esta: a tristeza sem Deus é um rio que nos chega ao pescoço cujo leito é areia movediça, onde nossos pés afundam e as águas tristes nos engolem. A tristeza com Deus é a mesma imagem. Porém, sob nossos pés não há areia movediça, mas uma rocha onde nos apoiamos, sem afundar. As águas tristes sublinham nosso rosto, mas não nos tragam. E depois de algum tempo, apoiados na rocha, nos impulsionamos e saímos das águas das angústias. E logo, estamos de volta à margem daquele rio de tristeza que ameaçava nos engolir, mas nunca pôde. Pois sabíamos em que nos apoiávamos e quão forte era a pedra!

Já tive muitas tristezas na vida. Inclusive as citadas acima. Mas graças a Deus, meus pés estavam sempre na rocha, e fui livre de todas elas. E sei que sempre serei. E a Rocha é Cristo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Presentes




Pedi ao Senhor uma janela. E Ele me deu um horizonte sem fim!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Amor




O amor. Ah, o amor! Ele é antes de toda a eternidade. Ele já existia na eternidade passada, existe na presente e na futura. Foi o amor quem criou o mundo. É ele quem sustenta e salva o mundo. Gestos gentis e palavras doces são extensões dedilhadas desse amor. O amor é tão necessário à alma que a ausência dele gera autômatos humanos. O amor envergonha o ódio, desconcerta o coração frio, desarticula as defesas do egoísmo. Sim, porque o amor não convive com o egoísmo. Eles não caminham juntos. O amor só existe pelo outro, com o outro e para o outro.

É por isso, que o Deus trino da Bíblia é o único de fato lógico dentre o panteão de divindades que existem no mundo. Pois a afirmação bíblica de que Deus é amor , única na literatura sagrada, não faria sentido se Ele fosse único, no sentido de ser uma personalidade sozinha, solitária em sua morada antes de existir o universo. Para amar, Deus teria também que ser amado, caso contrário Ele não poderia ter a experiência do amor. Como amar o vazio? Podemos amar as plantas, os animais; porém o verdadeiro amor, pleno, cujo coração é preenchido, só pode alcançar o seu sentido com um semelhante que pense e se comunique claramente como nós. Assim o Pai ama o Filho, e o Pai é amado pelo Filho e o Espírito Santo ama o Pai e o filho e estes o Espírito Santo. Três pessoas distintas numa única e indivisível natureza. O amor de um ser humano não pode suprir a necessidade de Deus de amar e ser amado em seu próprio nível e compreensão. Nem os anjos. Deus conheceu o amor amando Deus. Deus é amor que ama o amor. E depois estendeu aos homens.

Uma faísca desse amor ilumina os corações apaixonados. Ele confere o milagre de duas pessoas estranhas, de caminhos diferentes, se amarem, se permitirem viver juntas porque não conseguem mais estar separadas. Curiosamente, passaram a vida separadas antes de se conhecerem. Depois, não conseguem mais viver longe uma da outra. Porque se amaram, se amam, se querem, se desejam, riem juntas, cozinham juntas, fazem planos juntas, sofrem juntas, se arriscam juntas. Querem estar sempre juntas. E mesmo separadas, estão juntas!

O amor junta! E a rotina separa? Só realmente quem não ama vai se lembrar desse negócio de rotina. Acaso os solteiros e desapaixonados não têm rotina? Têm, e precisam enfrentá-la sozinhos.

Só realmente quem não ama, tem medo. Pois quem ama, tem coragem.

O amor lança fora o temor.