quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Amor




O amor. Ah, o amor! Ele é antes de toda a eternidade. Ele já existia na eternidade passada, existe na presente e na futura. Foi o amor quem criou o mundo. É ele quem sustenta e salva o mundo. Gestos gentis e palavras doces são extensões dedilhadas desse amor. O amor é tão necessário à alma que a ausência dele gera autômatos humanos. O amor envergonha o ódio, desconcerta o coração frio, desarticula as defesas do egoísmo. Sim, porque o amor não convive com o egoísmo. Eles não caminham juntos. O amor só existe pelo outro, com o outro e para o outro.

É por isso, que o Deus trino da Bíblia é o único de fato lógico dentre o panteão de divindades que existem no mundo. Pois a afirmação bíblica de que Deus é amor , única na literatura sagrada, não faria sentido se Ele fosse único, no sentido de ser uma personalidade sozinha, solitária em sua morada antes de existir o universo. Para amar, Deus teria também que ser amado, caso contrário Ele não poderia ter a experiência do amor. Como amar o vazio? Podemos amar as plantas, os animais; porém o verdadeiro amor, pleno, cujo coração é preenchido, só pode alcançar o seu sentido com um semelhante que pense e se comunique claramente como nós. Assim o Pai ama o Filho, e o Pai é amado pelo Filho e o Espírito Santo ama o Pai e o filho e estes o Espírito Santo. Três pessoas distintas numa única e indivisível natureza. O amor de um ser humano não pode suprir a necessidade de Deus de amar e ser amado em seu próprio nível e compreensão. Nem os anjos. Deus conheceu o amor amando Deus. Deus é amor que ama o amor. E depois estendeu aos homens.

Uma faísca desse amor ilumina os corações apaixonados. Ele confere o milagre de duas pessoas estranhas, de caminhos diferentes, se amarem, se permitirem viver juntas porque não conseguem mais estar separadas. Curiosamente, passaram a vida separadas antes de se conhecerem. Depois, não conseguem mais viver longe uma da outra. Porque se amaram, se amam, se querem, se desejam, riem juntas, cozinham juntas, fazem planos juntas, sofrem juntas, se arriscam juntas. Querem estar sempre juntas. E mesmo separadas, estão juntas!

O amor junta! E a rotina separa? Só realmente quem não ama vai se lembrar desse negócio de rotina. Acaso os solteiros e desapaixonados não têm rotina? Têm, e precisam enfrentá-la sozinhos.

Só realmente quem não ama, tem medo. Pois quem ama, tem coragem.

O amor lança fora o temor.

Um comentário:

  1. Meu amigo querido,clamemos ao Senhor para amar e sermos amados como em Corintios 13.
    Adorei o texto bem inspirador...

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